Os 6 Magníficos Canários
Os 6 Magníficos Canários
No final do Mundial de 1970 , o Italiano Roberto Rosato correu para Pelé e um tanto inesperadamente o abraçou e lhe pediu a camisola, num acto de visível admiração.
A seleção de Futebol do Brasil do Mundial de 1970, tem um lugar muito alto história não só do desporto mas geral.
Porém para mim dessa Seleção Brasileira, destacaram-se 6 elementos: Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivelino, Gérson e Clodoaldo.
De facto, esses 6 jogadores produziram jogadas absolutamente inesquecíveis que ficaram para sempre na história do Futebol.
Esses jogadores criaram uma relação muito singular com a bola, criando jogadas e habilidades únicas. Como se viciassem a bola, ou se de alguma forma, lhe dessem vida. Oferecendo uma dimensão artística do Futebol.
O enorme poder defensivo dos Adversários
Mais realçado fica o valor destes jogadores se se disser que o Brasil no Mundial de 1970, enfrentou nos finais 2 equipas consideradas fortes defensivamente como a Itália e Uruguay. O Uruguay até então tinha sofrido apenas 1 golo e Itália tinha sofrido o 1º golo nos descontos na meia-final contra a temível RFA.
( Aliás a Itália tinha dominado e enervado o Mundo do Futebol nos anos 60 com o seu futebol ultra-defensivo, vencendo a nível Clubes 4 Taças dos Campeões Europeus, 3 Taças Intercontinentais. E a nível de selecções venceu um Campeonato Europeu. )
Mais especificamente os jogadores do AC Milan tinham (Rosato e Rivera) tinham ganho em 1969 a Taça dos Campeões Europeus, a Taça Intercontinental.
Tostão finta Rosato
A humildade do Adversários
Nem tão pouco, o Brasil viu os seus adversários subirem para o ataque , ou abrandarem, quando estavam em desvantagem no marcador.
O que na prática significou que pelo menos nestes últimos jogos, o Brasil não teve qualquer facilidade e de facto esses 6 magníficos canários , tiveram de enfrentar a forte marcação de pelo menos 1 adversário.
E em particular na Equipa da Itália, ninguém se demitia de defender. Como Rivera ganhara a Bola de Ouro de 1969.
Clodoaldo enfrenta Rivera
A "Transfiguração" dos 6 Magníficos Canários
Mais ou menos comum às Religiões Cristã, Judaica e Budista surge o Episódio da Transfiguração que se traduz numa experiência Sobrenatural numa Montanha.
O torneio (Mundial de 1970) jogou-se no México, a uma grande altitude - final jogou-se a mais de altitude 2.000 metros altitude - onde havia uma baixa pressão atmosférica.
Essas condições :
- criavam por um lado dificuldades a nível da respiração dos jogadores
- por outro lado, essas condições davam uma maior "leveza" da bola., tornando condições ideais para grandes jogadores se "transfigurarem".
2 anos antes nos JO Olímpicos de 1968, os resultados na disciplina de Saltos em Comprimento e Triplo Salto foram fantásticos.
Ou seja, os jogadores que resistissem a essas condições, teriam oportunidade de fazer autênticas maravilhas com a Bola.
Aqui os canários iriam estabelecer um diálogolo ou cantico entre si. Tentei reprouzir alguns canticos.
Cantico 1. Rivelino lança bola para cima alto para Pelé que dando um salto monumental bate Albertosi
Cantino 2. Gérson faz uma abertura para Pelé que irá assistir Jairzinho para o 3-1.
Cantico3. Dos 6 magníficos Canários, só Rivelino e Jairzinho voltariam ao seguinte Mundial, disputado em 1974 na RFA.
A Retaguarda dos 6 Canarinhos
Após 2 Mundiais em que saiu lesionado Pelé tinha-se recusado a participar em mais Mundiais, porém logo trataram de protegê-lo a ele e ao bom Futebol.
Assim, eram libertadas pombas no início de cada jogo do Mundial do México, simbolizando a Paz.
Por outro lado, para convencer Pelé a Federação Brasileira , reforçaria a equipa técnica onde estava Mário Américo, com Nocaute Jack e Admildo Chirol.
Pelé enfrentaria com uma coragem invulgar as poderosas defensivas contrarias e só houve uma selecção que o castigou com dureza que foi o Uruguay.
Pelé, mostraria contudo uma espécie de protecção sobrenatural, tendo sido criada uma lendária de maldição contra as selecções que lhe que foram duras contra ele.
Assim curiosamente o Uruguay teria um desempenho muito medíocre nos Mundiais que seguiram este - tal como Portugal e Bulgária pós 1966.
O Uruguay esperaria 20 anos para ter uma vitória (em 1990), Portugal teria também um jejum de 20 anos (1966-1986) a Bulgária teria um jejum de 28 anos (1966-1994).